segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Arthur Amorim Santos, de 9 anos, conhecido por saber muito sobre dinossauros, morreu na madrugada de terça-feira (25) no hospital A.C. Camargo, em São Paulo. O enterro está previsto para acontecer às 16h desta quarta, em Maceió, cidade natal do garoto. Ele convivia com uma forma rara de câncer, que acometia o lado direito do rosto.
O 'paleontólogo precoce' não só gostava de dinossauros como também sabia informações sobre como os animais evoluíram, os períodos em que viveram. Ele chegou a lançar um livro chamado "As Aventuras de Yoshito", sobre os animais que admirava.
Em dezembro, Arthur compareceu com os pais Cláudio e Juliana ao "Programa do Jô", da TV Globo, para contar sobre dinossauros (veja vídeo acima). Na ocasião, o apresentador lhe entregou um boneco e foi questionado sobre qual espécie pertencia. O menino respondeu: "A fábrica inventou este dinossauro, ele não existe."
Quando ele voltou para a cama, começou a ajeitar os travesseiros, sozinho. Ele não gostava que o tivessem como alguém incapacitado. Não me deixou que eu o ajudasse. No final, olhou nos meus olhos. Fez um suspiro. Morreu sem sofrimento"Cláudio Santos,
pai de ArthurRecepção com palmas
Para o pai Cláudio Santos, a lembrança de Arthur é de um garoto sábio. "Todo mundo ficava impressionado com a inteligência dele, mas eu acho que vou guardar a sabedoria e a generosidade", contou o pai ao G1 na tarde desta quarta-feira (26).
Os últimos dias de Arthur foram esperançosos, segundo o pai, já que o menino não se entregava à doença. "Ele nunca esmoreceu, sempre estava otimista. Foi uma pessoa feliz durante toda a vida", lembra o pai.
Nas horas antes da morte, Arthur tomou dois banhos e pediu para brincar com o irmão. Mandou chamar o pai, que havia saído rapidamente do hospital. Ao chegar no local, foi recebido com palmas pelo filho. "Eu voltei correndo quando ele chamou, era a tarde de segunda-feira", diz o pai.
"Quando ele voltou para a cama, começou a ajeitar os travesseiros, sozinho. Ele não gostava que o tivessem como alguém incapacitado. Não me deixou que eu o ajudasse. No final, olhou nos meus olhos. Fez um suspiro. Morreu sem sofrimento."
Rabdomiossarcoma
A diretora de pediatria do hospital A.C. Camargo, Cecília Lima da Costa, que cuidou do caso de Arthur, lembra do menino como uma pessoa madura. "Ele passou dois anos dentro de hospital, era bem informado, sabia de tudo o que estava acontecendo, era inteligente", conta a médica.
O rabdomiossarcoma, doença que acometia o garoto de Maceió, é um tumor que geralmente atinge crianças da mesma faixa etária. "Ele fez tratamento com quimioterapia e radioterapia", explica Cecília. "Quando ele foi diagnosticado, na cidade dele, o tumor já era grande, mas a doença não estava espalhada, não havia metástase."
O contato da equipe com o menino é lembrado pelo carisma. "Ele era muito tímido e reservado, mas ao mesmo tempo conseguia conquistar todo mundo", diz a médica. Apesar do caso de Arthur, o tratamento do câncer infantil no Brasil apresenta boas chances de cura para a maior parte dos pacientes.
Dedico também meu novo blog a este pequeno guerreiro paleontologo que morreu tão cedo.
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